Gerenciar sentimentos evita sofrimento e ajuda a desenvolver o amor próprio
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Quem não tem uma história de amor de verão para contar? Pois elas existem e podem sim se tornar uma bela história de amor, mas também estamos sujeitos aos sentimentos passageiros, aqueles nos quais nós aproveitamos o momento, fazemos o nosso melhor e depois passa. O fato é que quem está acompanhado só quer fazer o relacionamento dar certo e quem está sozinho, segue em busca do tal “amor da vida”, e até aí está tudo bem, o problema começa quando deixamos o amor próprio de lado e passamos a nos desrespeitar em busca desse sentimento ou de manter uma relação ruim viva.
De acordo com a psicóloga, Karla Cardozo, na busca de um relacionamento, de amar e se sentir amado, muita gente acaba confundindo os sentimentos com dependência emocional.
O esperado quando se inicia um relacionamento é a construção de uma parceria, de maneira que ambos cresçam, aprendam e amadureçam juntos. Algumas vezes, no entanto, o que deveria ser um compartilhamento da vida torna-se uma relação de completa dependência, a famosa dependência emocional.
“Muitas pessoas também criam falsas expectativas e se apegam a qualquer início de relacionamento e já sufocam o outro na ânsia de alcançar uma relação estável. E essa dependência acaba destruindo o amor de verão que poderia se tornar uma história para muitos anos. O ansioso afasta o outro da possível experiência da relação se desenvolver”, alertou.
Dependentes emocionais abrem mão da sua vida para viver a do outro. Deixam de fazer coisas que gostam para acompanhar o outro. E quando menos se espera você não tem mais vida própria, vive a realidade do parceiro. O grande problema é que é comum que as pessoas confundam dependência com amor, pois ambas situações envolvem fortes sentimentos e a vontade de estar junto com determinada pessoa.
Karla disse que dependência emocional é a maior causa de procura no seu cartório. “Recebo homens e mulheres que estão em relações doentias, não estão felizes, mas não se veem sem o companheiro. Relações de verdadeira dependência emocional. Aprender a encontrar forças para manter-se em pé sozinho, ser feliz independente de uma outra pessoa, é um dos atos mais importantes e bravos que podemos fazer por nós mesmos”, disse ela.
“A Dependência Emocional na maioria dos casos vem de algo vivido na infância, na relação com os pais, no crescimento em uma família com muitos conflitos e pouco suporte para a criança. É importante identificar o tipo da sua relação. A dependência emocional tem tratamento, um psicólogo pode identificá-la. O primeiro passo é se conscientizar do problema, fortalecer a sua autoestima e trabalhar seu autoconhecimento e autoconfiança nas sessões de terapia”, explicou Karla.
A maneira como a criança é educada e criada fará toda a diferença em seu comportamento na fase adulta, inconscientemente ela adquire o desejo de buscar o que lhe faltou como forma de completar a vida quando chega a adolescência ou fase adulta.
É importante curar a nossa criança para nos tornarmos adultos fortes e bem resolvidos.
Sinais da Dependência Emocional
- Cuidado excessivo com o companheiro
- O foco da felicidade se concentra em uma única pessoa
- Autoestima comprometida
- O que o companheiro pensa de você é o que mais importa
- As emoções são reprimidas
- Não defende sua própria opinião
- Controle compulsivo
- O desejo do parceiro é mais importante
- Excesso de ciúme
- Para se sentir bem, é necessário que haja amor do outro
- Sentimento de negação
- Sentimento de culpa
- Oscilação de humor
Comunicativa Assessoria de Imprensa