No último dia 28, 41 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) repatriadas da Alemanha desembarcaram no Aeroporto de Petrolina, em Pernambuco. A ação, coordenada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e executada pela Blue Sky Serviços Administrativos LTDA, com apoio do Ibama, faz parte do Projeto de Reintrodução das Ararinhas-Azuis, que visa devolver a espécie ao seu habitat natural na região de Curaçá, na Bahia
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), desempenhou um papel fundamental nesse processo, garantindo que a importação das aves ocorresse sem riscos sanitários, como a introdução de doenças exóticas no Brasil, especialmente a gripe aviária. As ararinhas passaram por procedimentos de quarentena, incluindo microchipagem para correlação com o Certificado Veterinário Internacional (CVI), verificação de documentação, emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), inspeção de bagagens e destinação adequada dos resíduos da aeronave.
A escolha do Aeroporto de Petrolina para a chegada das aves se deu por sua proximidade com o local de quarentena e soltura, reduzindo o estresse dos animais durante o transporte. A operação contou com a colaboração de diversos órgãos, incluindo Receita Federal, Ibama, ICMBio, Mapa, Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro/PE), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e CCR Aeroporto, todos atuando de forma coordenada para garantir o sucesso da missão.
Em 2020, o Brasil já havia repatriado 52 ararinhas-azuis com o objetivo de reintroduzi-las na natureza em uma área protegida na Bahia, criada especialmente para essa finalidade. A chegada dessas novas aves representa um avanço significativo para a conservação da biodiversidade brasileira, reforçando a importância do trabalho conjunto entre diferentes instituições na proteção e reintrodução de espécies ameaçadas.
Por: Mapa