Marataízes lidera a colheita com 25,9 milhões de frutos e impulsiona o avanço da variedade Vitória, tecnologia capixaba que fortalece a fruticultura

A produção de abacaxi no Espírito Santo tem destaque no Litoral Sul, região que concentra quase toda a colheita capixaba da fruta. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apurados pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), mostram que o Estado produziu 44,7 milhões de frutos em 2024, cultivados em 2.250 hectares, distribuídos entre 1.110 estabelecimentos rurais.
E quem lidera esse cenário é Marataízes, responsável por 58% de todo o abacaxi produzido no Espírito Santo. Conhecida como a “Capital Estadual do Abacaxi”, a cidade registrou a colheita de 25,9 milhões de frutos em uma área de 1.414 hectares. No município, mais de 750 propriedades rurais se dedicam ao cultivo da fruta, o que representa 68% de todos os estabelecimentos produtores do Estado.
Em segundo lugar aparece Presidente Kennedy, com 13,2 milhões de frutos — 30% da produção estadual — seguida de Itapemirim, que responde por 8% da produção, com 3,3 milhões de frutos. Juntas, essas três cidades produzem mais de 95% de todo o abacaxi capixaba, consolidando o Litoral Sul como principal polo da fruticultura no Estado.
Tecnologia e pesquisa impulsionam a produção
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destaca que o desempenho da cultura é resultado de pesquisa, inovação e assistência técnica.
“O Espírito Santo produz abacaxi de qualidade e esse avanço está ligado ao investimento em pesquisa e tecnologia. O Incaper tem papel importante nesse processo, especialmente com o desenvolvimento da variedade Abacaxi Vitória, resistente à fusariose. Esse tipo de inovação, somado ao apoio técnico e aos programas de fomento do Governo do Estado, fortalece a agricultura capixaba”, afirma Bergoli.
Abacaxi Vitória: inovação capixaba que transformou o campo
O Abacaxi Vitória é resultado de uma década de pesquisas realizadas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). A variedade ganhou destaque por sua resistência à fusariose, principal doença que afeta a cultura no Brasil e pode causar perdas de até 40% da produção.
Além da resistência, o Vitória apresenta alta produtividade, sabor mais adocicado e qualidade consistente tanto para consumo in natura quanto para uso industrial. Como dispensa o uso de agrotóxicos, a variedade se tornou uma opção mais sustentável e econômica, reduzindo custos e aumentando a competitividade, especialmente entre agricultores familiares.
Por Assessoria de Comunicação da SEAG




