Após três anos de pesquisa, lançado torrador de café 100% capixaba e controlado por inteligência artificial


O Laboratório de Análise e Pesquisa em Café (LAPC), do Ifes Venda Nova do Imigrante, realizou na última segunda-feira (18) a entrega de um torrador de café desenvolvido inteiramente no campus, no âmbito do projeto “Determinantes da qualidade do café no Espírito Santo”. A entrega foi realizada em encontro da diretoria do Sicoob, instituição que é parceira do projeto. Esteve presente no evento Otávio Damaso, representante da presidência do Banco Central do Brasil.
Trata-se de um torrador de café caseiro e laboratorial com seis vezes mais capacidade operacional que o disponível no mercado. O diferencial do equipamento é funcionar por meio de inteligência artificial, ou seja, o software é programado para antecipar possíveis problemas durante a torra e comunicá-los via smartphone.
“Esse equipamento é 100% Capixaba, made in Brazil,com selo de uma instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão, o Ifes, uma escola democrática e dedicada na solução de problemas complexos e na entrega técnica para a sociedade”, escreveu, em suas redes sociais, o coordenador do projeto e professor do Ifes, Lucas Louzada.
O encontro aconteceu em um hotel de Venda Nova do Imigrante. Pelo campus, participaram a diretora-geral eleita, Maíra Maciel; a diretora de Pesquisa e Extensão, Adriane Bernardo; o servidor Ademilson Bellon; os professores Lucas Louzada e Ademar Polonini; e o bolsista Gustavo Falqueto, estudante do curso de Ciência e Tecnologia dos Alimentos. O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação do Ifes, André Romero, representou o reitor do Instituto no evento.

Gustavo foi responsável por coordenar a primeira torra oficial feita com o equipamento. O torrador funciona com controle por inteligência artificial e pode ser acionado via smartphone – o software utilizado também foi desenvolvido no campus. A diretora operacional do Sicoob Sul Serrano, Eliane Zandonadi, fez a torra a partir de sua mesa, comandando o equipamento via bluetooth. O café, posteriormente, foi moído e servido para os presentes.

O professor Lucas Louzada explicou que o torrador é o primeiro do Brasil desse tipo. Ele não usa gás, mas sim ar aquecido, que faz o movimento de fluxo giratório e torra o café. Essa é considerada uma técnica mais limpa, em termos de energia, e é mais eficiente. O equipamento tem capacidade de 200g – o que é maior do que os disponíveis atualmente no mercado – e funciona como suporte para quem trabalha com cafés finíssimos.
O professor contou que agora a tecnologia foi entregue ao Sicoob, e que uma nova parceria com a instituição – para os próximos três anos – foi firmada. O torrador será ainda apresentado em eventos abertos no Brasil e no exterior. Os pesquisadores já têm planos de levá-lo, em janeiro, para Inglaterra, Dinamarca e Rússia.
Assessoria de Imprensa Ifes/Reprodução Conexão Safra
Foto: Ifes/divulgação
Compartilhe

Receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro do que acontece no Espírito Santo! Clique aqui.

CONTINUE LENDO