A safra de café 2025 no Brasil chega a 55,2 milhões de sacas beneficiadas, mesmo em um ano de baixa bienalidade para o grão. O número representa um aumento de 1,8% em relação a 2024, segundo o 3º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Espírito Santo, destaque nacional no conilon, tem papel decisivo nesse resultado.
A produtividade média nacional cresceu 3%, passando de 28,8 sacas por hectare em 2024 para 29,7 em 2025. Embora a área em produção tenha registrado queda de 1,2%, a expansão de 11,9% na área em formação impulsiona a cafeicultura. No total, 2,25 milhões de hectares estão destinados ao café, entre arábica e conilon.
Enquanto Minas Gerais lidera a produção de arábica, com previsão de 24,7 milhões de sacas, o Espírito Santo brilha no conilon. O estado responde por 69% da produção nacional da espécie, com expectativa de colher 13,8 milhões de sacas – alta de 40,3% frente ao ciclo anterior. Esse crescimento expressivo é explicado pelas boas chuvas registradas no norte capixaba, que favoreceram a floração e a formação dos frutos.
Outros estados também avançam. A Bahia deve colher 4,1 milhões de sacas, alta de 33,5%, enquanto Rondônia prevê 2,3 milhões, crescimento de 10,4%. Já o arábica sente mais os efeitos da bienalidade negativa e da seca prolongada, resultando em queda de 11,2% na produção nacional da espécie.
No mercado externo, o Brasil exportou 23,7 milhões de sacas de janeiro a julho de 2025, queda de 16,4% no volume em relação a 2024. Porém, o faturamento foi recorde: US$ 9 bilhões, crescimento de 44,1%, impulsionado pelos preços internacionais em alta.
Com protagonismo no conilon, o Espírito Santo consolida sua posição estratégica na cafeicultura nacional. A força do estado mostra que o café capixaba não apenas sustenta famílias e economias locais, mas também garante ao Brasil destaque global na produção e exportação do grão.
Fonte: Conab
