Gás natural para secadores sinaliza novo salto tecnológico no conilon capixaba

CCCV e ES Gás iniciam estudos para levar gás natural aos secadores de café, ampliando eficiência, qualidade e sustentabilidade na pós-colheita capixaba

Foto: Abraão Carlos Verdin Filho

O uso do gás natural em secadores de café pode se tornar uma das transformações mais relevantes da pós-colheita do conilon capixaba nos próximos anos. O Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e a ES Gás iniciaram tratativas para viabilizar um modelo de fornecimento voltado à secagem dos grãos, etapa determinante para garantir eficiência, qualidade e competitividade no mercado. O protocolo de intenções firmado entre as instituições abre um ciclo de estudos técnicos e econômicos, incluindo rotas de distribuição, demanda regional e viabilidade operacional para atender produtores.

A proposta busca substituir ou complementar o uso de lenha e outras biomassas por gás canalizado, permitindo maior controle térmico, redução de custos operacionais e adoção de práticas mais limpas no campo. Produtores e técnicos apontam que a escassez e a alta no preço da lenha dos últimos anos tornam urgente a busca por alternativas mais estáveis e previsíveis para a secagem.

A formalização da iniciativa ocorreu durante o último dia da Feira Internacional do Café Conilon, realizada em Jaguaré, onde o anúncio foi recebido como um movimento estratégico para o setor. Para o prefeito Marcos Guerra, o avanço representa ganhos diretos para a produtividade das propriedades rurais. Ele afirma que levar o gás canalizado ao produtor é uma oportunidade de elevar padrões de qualidade e fortalecer a competitividade do café do município.

Foto: divulgação

O presidente da ES Gás, Fábio Bertolo, afirma que a iniciativa reforça a expansão da infraestrutura energética do Estado e aprofunda o atendimento ao setor produtivo. Segundo ele, identificar pontos de consumo relevantes, como o uso do gás na secagem, acelera os estudos e potencializa a interiorização do desenvolvimento. Já o presidente do CCCV, Fabrício Tristão, destaca que a mudança representa um marco tecnológico para a cafeicultura capixaba. Ele lembra que a limitação de oferta e o custo crescente da lenha têm comprometido o processo de secagem, e que a adoção do gás natural amplia previsibilidade, padronização e sustentabilidade.

Além de discussões técnicas e painéis sobre inovação na cadeia do café, a feira reuniu produtores, pesquisadores, empresas e instituições que atuam na modernização da cafeicultura. Com o início dos estudos entre CCCV e ES Gás, Jaguaré encerra o evento com a sinalização de que pretende liderar soluções de eficiência energética e tecnologia aplicada ao conilon.

Vantagens técnicas e operacionais

• Eficiência e economia: maior poder calorífico e redução de custos em comparação à eletricidade e ao uso intensivo de lenha.
• Controle preciso: sistemas programáveis garantem temperatura uniforme e diminuem riscos de superaquecimento.
• Melhores condições de trabalho: emissões mais limpas e redução da fumaça, melhorando o ambiente para operadores e para o entorno.

Vantagens de qualidade e produtividade

• Secagem mais rápida: processos mais eficientes reduzem o tempo e evitam gargalos na pós-colheita.
• Preservação da qualidade: uniformidade na secagem evita fermentações indesejadas e mantém o padrão do grão.
• Independência climática: possibilita maior controle sobre o calendário de colheita e armazenamento.
• Otimização de espaço: reduz a necessidade de grandes terreiros, beneficiando propriedades com áreas limitadas.

Por Prefeitura de Jaguaré

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