
Foi publicada nesta terça-feira (02) a Portaria Conjunta Seama/Iema nº 004-R, de 17 de novembro de 2025, que institui o programa “Na Trilha das Meliponas: Conhecendo para Preservar as Abelhas Nativas Capixabas” nas Unidades de Conservação do Espírito Santo. A iniciativa busca ampliar a proteção das abelhas nativas sem ferrão, promover educação ambiental e fortalecer serviços ecossistêmicos de polinização em áreas preservadas do Estado.
O programa prevê a criação de trilhas específicas dentro das Unidades de Conservação estaduais e de outras categorias, onde serão implantadas colmeias de espécies nativas, desenvolvidas ações educativas e realizadas pesquisas científicas. As atividades serão voltadas para o conhecimento da biologia e ecologia das abelhas, para a valorização da meliponicultura e para a manutenção da floresta por meio dos importantes serviços de polinização.
As trilhas também servirão como espaço para depósito de colmeias provenientes de resgates de fauna e apreensões em operações fiscalizatórias, garantindo que esses enxames sejam direcionados a ambientes adequados para sua sobrevivência e reprodução. Além disso, o programa estimulará a formação de um banco genético de espécies nativas, contribuindo para sua conservação de longo prazo.
O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) será responsável pela coordenação e execução técnica do programa, incluindo a capacitação de servidores, gestores e monitores ambientais que atuarão diretamente nas ações de educação ambiental. Entre as atividades previstas estão visitas guiadas, oficinas de meliponicultura e a produção de materiais educativos como cartilhas, livretos e banners.
O texto da portaria também autoriza a realização de pesquisas científicas nas trilhas, mediante autorização do Iema e dos gestores das Unidades de Conservação. Esses estudos poderão abordar manejo de colmeias, comportamento, ecologia, genética e avaliação de subprodutos, desde que respeitados os limites das trilhas. Também é proibida a remoção das colmeias de seus sítios originais.
Para viabilizar o programa, poderão ser utilizados recursos do orçamento das próprias Unidades de Conservação, da Seama, do Iema, de fundos ambientais, de condicionantes de licenciamento ambiental, além de doações e outras fontes. Os investimentos serão aplicados na manutenção das colmeias, produção de materiais educativos e demais estruturas necessárias às atividades.
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, proteger as abelhas nativas é proteger a base da vida. “Elas sustentam nossos ecossistemas, garantem a regeneração das florestas e nos conectam ao conhecimento tradicional e científico. Este programa fortalece a conservação da biodiversidade e aproxima a sociedade de um dos grupos mais importantes da natureza, porque são justamente essas abelhas que mantêm vivas as próprias Unidades de Conservação, assegurando a polinização das espécies nativas, a continuidade dos ciclos ecológicos e a resiliência das áreas protegidas frente às pressões ambientais”.
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