Jornalista capixaba desafia preconceitos e aborda drama de refugiados em livro com histórias reais

 

Em ‘Meu Nome Não é Refugiado’, Ândria Farias traz reflexões profundas sobre os desafios enfrentados por pessoas em condição de refúgio

Jornalista capixaba Ândria FariasFoto: Arquivo Pessoal

A jornada solitária em busca de abrigo e de dignidade: este é o drama abordado no livro “Meu Nome Não é Refugiado”, primeiro livro da jornalista capixaba Ândria Farias.

A obra, publicada no cenário nacional pela Editora Viseu, conta histórias de pessoas que foram forçadas a deixar famílias, empregos e posições sociais para trás, em busca de segurança e novas oportunidades. Misturando relatos e reflexões da autora com depoimentos reais, o livro busca desconstruir preconceitos e despertar empatia em relação ao termo “refugiado”.

Livro Meu Nome Não é Refugiado. Foto: Divulgação

Como destaca a autora, o principal objetivo da narrativa é sensibilizar o leitor sobre a importância da compreensão e do acolhimento a essas pessoas que, muitas vezes, carregam o peso de estigmas. “Acredito que os relatos dos personagens possam ajudar a desconstruir as barreiras do preconceito, frequentemente ampliadas pelos meios de comunicação, promovendo maior respeito e empatia por aqueles que vivem em condição de refúgio”, ressalta.

Natural de Pedro Canário, no norte do Espírito Santo, Ândria Farias vivenciou suas primeiras missões de voluntariado ainda na juventude. Com passagem por nove países em quatro continentes, a jornalista passou por experiências marcantes em orfanatos e hospitais, mas considera seu primeiro contato com pessoas em condição de refúgio um momento impactante, por ser uma condição muito diferente das experiências anteriores.

“Minha primeira experiência com refugiados foi em uma ação de ajuda humanitária na cidade de Calais, França, onde preparamos um jantar de Natal para um dos maiores acampamentos de refugiados da Europa”, conta a autora. Ela revela que, apesar de ter participado de outras iniciativas sociais, foi a primeira vez se viu distribuindo comida para pessoas que, em seus países de origem, tinham estabilidade profissional e alto poder aquisitivo, mas passaram a depender de ajuda humanitária por não conseguirem acessar seus bens ou contas bancárias.

Ândria Farias durante missão humanitária. Foto: Arquivo Pessoal

“Aquilo foi impactante para mim. Me dei conta de que, para ser bem-sucedido, não basta fazer boas escolhas. As pessoas naquele acampamento não estavam ali por consequência de más decisões, foram forçadas a deixarem suas casas por causa de outras pessoas”, destaca a jornalista, fazendo menção aos impactos que as decisões de autoridades, sobretudo político e religiosas, podem causar.
A autora observa que um olhar superficial poderia enquadrar todos os refugiados no mesmo escopo, já que eles compartilham necessidades básicas. No entanto, o que muitas vezes não se percebe é que essas pessoas não estão habituadas a essa realidade e não desejam permanecer nela.

“A ideia por trás deste livro é mostrar que o refúgio é uma condição temporária. Essas pessoas precisam de oportunidades para se reintegrarem à sociedade, como acesso a cursos de idiomas, empregos, validação de documentos e diplomas, e não de assistência permanente que os mantenham indefinidamente nessa condição”, ressalta.

“Esta é uma leitura essencial para quem deseja conhecer as histórias por trás das estatísticas. Embarque nesta viagem e conheça pessoas que te farão ter uma nova visão sobre o que são superpoderes de verdade”, provoca a autora.

SERVIÇO:
O evento de lançamento de ‘Meu Nome Não é Refugiado’ acontecerá em São Paulo/SP, no dia 26 de abril. O local escolhido foi o Restaurante Zingo & Ringo, local que tem um significado especial, já que o proprietário do estabelecimento é um dos personagens da obra.

O livro já está disponível para venda em diversas plataformas, incluindo a Amazon: https://www.amazon.com.br/Meu-nome-n%C3%A3o-refugiado-identidade/dp/6528006180

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