A crescente utilização de drones na aplicação de produtos agrícolas tem trazido avanços significativos para o setor do agronegócio. No entanto, para garantir a segurança, conformidade com as normas técnicas e o bom desempenho dessa tecnologia, é fundamental estabelecer diretrizes e regulamentos adequados. Nesse contexto, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) desempenha um papel fundamental na promoção da segurança e regulamentação dos aplicadores de produtos via drone no agronegócio. Confira a abordagem feita pelo engenheiro agrônomo Jorge Silva, presidente do Crea-ES.
Promovendo segurança e regulamentação
O Crea-ES tem se dedicado a estabelecer diretrizes e regulamentos que visam garantir a segurança e a conformidade com as normas técnicas no uso de drones na aplicação de produtos agrícolas. Por meio do desenvolvimento de normas específicas, o Crea-ES considera aspectos como a formação dos operadores, requisitos técnicos dos equipamentos, boas práticas agrícolas e questões ambientais.
Além disso, o Crea-ES busca parcerias com outros órgãos reguladores e entidades do setor agrícola para desenvolver treinamentos, cursos e capacitações específicas para os aplicadores de produtos via drone no agronegócio. Essas iniciativas têm como objetivo disseminar conhecimentos sobre o uso seguro e eficiente dos drones, bem como garantir que os profissionais envolvidos estejam devidamente qualificados.
No Espírito Santo, o Crea-ES tem realizado cursos básicos de pilotagem com uso de drones tradicionais, permitindo que os alunos compreendam a legislação básica para o uso desses equipamentos e adquiram habilidades práticas de manuseio. Esses cursos têm contribuído para disseminar o conhecimento sobre drones agrícolas, que possuem navegabilidade semelhante aos drones tradicionais, mas com um custo mais acessível.
Importância dos cursos específicos e autorizações oficiais
A operacionalização dos drones, independentemente do modelo ou finalidade de uso, requer cuidados especiais e treinamento específico. Os cursos específicos e as autorizações oficiais desempenham um papel fundamental nesse sentido, visando garantir a segurança e o cumprimento das regulamentações.
Os cursos específicos fornecem conhecimentos essenciais sobre práticas de segurança, procedimentos de voo, prevenção de colisões, gerenciamento de emergências e regulamentações aplicáveis. Essas informações são cruciais para evitar riscos tanto para a segurança das pessoas quanto para o meio ambiente.
Além disso, os cursos abordam aspectos técnicos, como operação dos sistemas de voo, manutenção básica, interpretação de dados e informações coletadas pelos drones. Isso garante que os operadores tenham um entendimento completo do funcionamento dos drones e possam utilizá-los de maneira eficaz.
Outro aspecto abordado nos cursos é a ética e a privacidade. Os operadores de drones agrícolas devem estar cientes dos aspectos éticos e da privacidade relacionados ao uso desses equipamentos. Isso inclui respeitar a privacidade dos proprietários de terras vizinhas, obter permissão para sobrevoar propriedades privadas e garantir que as informações coletadas pelos drones sejam usadas de maneira adequada e segura.
Ao abordar esses temas nos cursos específicos, o Crea-ES visa conscientizar os operadores sobre a importância de agir de forma ética e responsável durante as atividades com drones agrícolas, promovendo um uso consciente e respeitoso da tecnologia.
Conclusão
A segurança e a regulamentação na aplicação de produtos agrícolas por drones são aspectos essenciais para garantir o bom desempenho e a eficiência dessa tecnologia. O Crea-ES desempenha um papel fundamental ao estabelecer diretrizes, normas e promover cursos específicos para os operadores de drones agrícolas, visando garantir a segurança, conformidade com as normas técnicas e o uso ético desses equipamentos.
Através dessas ações, o Crea-ES contribui para o avanço do agronegócio, permitindo que os agricultores utilizem de maneira segura e eficiente os drones na aplicação de produtos agrícolas, potencializando os resultados e minimizando impactos negativos.
Redação Conexão Safra
