
Juliana Marins, jovem brasileira de 26 anos, faleceu após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais desafiadores da Indonésia. O acidente aconteceu em junho de 2025 e mobilizou autoridades, familiares e internautas em todo o mundo.
A jovem permaneceu por quatro dias aguardando resgate, em uma área de difícil acesso e sob condições climáticas severas. O episódio gerou críticas, comoção e levantou importantes debates sobre segurança em trilhas internacionais.
Família alega negligência e cobra respostas
A família de Juliana Marins acusou as autoridades indonésias de negligência, alegando que o resgate poderia ter sido mais rápido e eficaz. Também houve críticas à atuação do governo brasileiro, principalmente pela suposta falha na comunicação durante o processo de busca e socorro.
Já o governo da Indonésia justificou a demora nas operações devido às chuvas intensas, terreno íngreme e impossibilidade de uso de helicópteros no local do acidente.
O papel fundamental do guia Agam Rinjani e a vaquinha solidária
O alpinista indonésio Agam Rinjani, conhecido por sua coragem e dedicação, foi o responsável por liderar o resgate do corpo de Juliana Marins no Monte Rinjani. Inicialmente, Agam resistiu a aceitar doações, afirmando que havia realizado o resgate “de coração”. No entanto, diante da insistência do público, ele aceitou uma vaquinha organizada por brasileiros, que arrecadou mais de R$ 350 mil. Agam prometeu dividir o valor com os colegas que o ajudaram e destinar parte ao reflorestamento local. A campanha enfrentou controvérsias por uma taxa administrativa de 20%, mas foi ajustada para que 100% do valor fosse repassado a Agam, atendendo às solicitações dos doadores.
Corpo foi repatriado ao Brasil
Após dias de espera, o corpo de Juliana foi repatriado ao Brasil, encerrando uma etapa de dor, angústia e mobilização. A chegada do corpo foi acompanhada por familiares e por representantes do Itamaraty.
Está prevista a realização de uma nova autópsia em solo brasileiro, a fim de esclarecer detalhes sobre a causa da morte. O laudo inicial feito em Bali apontou trauma torácico grave causado pela queda, descartando outras hipóteses como hipotermia.
Comoção nas redes sociais e mobilização pública
A história de Juliana ganhou ampla repercussão nas redes sociais, com milhares de mensagens de apoio e revolta. A hashtag #JustiçaPorJuliana esteve entre os assuntos mais comentados, destacando a dor da família e o apelo por mudanças nos protocolos internacionais de resgate.
A tragédia despertou discussões sobre a segurança de turistas brasileiros em trilhas e áreas de risco no exterior, além da importância de canais diplomáticos mais eficazes em situações de emergência.
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