Cooabriel incrementa produção de cafés certificados

Com a busca crescente por cafés certificados, a Cooabriel intensifica ações voltadas a essa linha e estabelece novos critérios para a participação na Certificação 4C, ao mesmo tempo que e se habilita ao Programa de Certificação Rainforest Alliance (RFA).

Recentemente foi constituído um Comitê de Sustentabilidade, coordenado pela gerência de exportação e sustentabilidade da cooperativa para organizar e implementar os novos processos e melhorias.

Programa 4 C

Uma reorganização de processos está sendo feita nos grupos de cooperados participantes dos cafés 4C da cooperativa e estuda-se a viabilidade de novos integrantes. A Cooabriel trabalha com o programa 4C há cerca de seis anos e ao longo desse período foram necessários ajustes para a promoção das melhorias e comercialização do café 4C dos Cooperados.

De acordo com a gerente de exportação e sustentabilidade da cooperativa Renata Vaz, desde janeiro deste ano, novos critérios de participação estão sendo aplicados para enquadramentos das propriedades aos pilares do programa.

Pela importância e o grau de comprometimento do produtor às normas do programa 4C, o Comitê de Sustentabilidade e a Consultoria Técnica da Cooperativa estão trabalhando na implementação das melhorias contínuas nas propriedades dos cooperados participantes, com vista ao crescimento do volume de participação de cafés dos cooperados.

“O propósito é conquistar mercado aos cafés certificados 4C. Para o novo ciclo 2021-2024, o crescimento esperado é de aproximadamente 25% no volume desses cafés comercializados. Após este ciclo, novos grupos serão formados com aumento do número de propriedades participantes e consequentemente, o volume de cafés certificados”, destacou.

Neste mês de julho ocorre o processo de auditoria externa para a Renovação do Certificado de participação da Cooabriel no Programa 4C.

Programa de Certificação Rainforest Alliance (RFA)

A Cooabriel se habilita ao Programa de Certificação Rainforest Alliance (RFA), com auditoria externa marcada para o próximo mês de agosto.

Já foi composto o grupo inicial de cooperados participantes do RFA com propriedades localizadas em São Gabriel da Palha, Nova Venécia, Jaguaré e Vila Valério. Dentre os critérios de seleção dos participantes, contam como pré-requisitos: estar na Consultoria Técnica da cooperativa, assinar termo de compromisso e ter aptidão aos processos exigidos pelo programa.

Devido ao padrão do RFA quanto às questões de sustentabilidade, o Comitê de Sustentabilidade da Cooabriel tem um papel importante para realizar adequações e auditar internamente os processos no sentido de garantir que as exigências do programa sejam cumpridas e que o cronograma de melhorias seja estabelecido e realizado dentro dos prazos que a Rainforest estabelece. “Isto vem de encontro também a atender não só às demandas do RFA, quanto também de todas as demais certificações que a Cooperativa tem como meta em futuro próximo” – declarou o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello.


De acordo com Lucas Breda e Marcos Ângelo, técnicos que fazem parte do Comitê de Sustentabilidade da Cooperativa, para a adequação de propriedade, foram inúmeros os ajustes realizados pelo Comitê, desde a identificação (placas indicativas e instrutivas) em todas as propriedades participantes, bem como, treinamentos para os sócios e seus funcionários e meeiros, caderno de campo, código de ética e conduta, e ainda, melhorias e benfeitorias na propriedade para a qualidade de vida do produtor e trabalhadores no campo.

“Trata-se de um projeto inicial da Cooabriel e que é inovador por sermos a primeira cooperativa de café conilon em processo de obtenção da Certificação Rainforest. Pretendemos possibilitar novos grupos de cooperados para Café RFA a partir do próximo ano. O cooperado interessado, deverá procurar seu Consultor Técnico que submeterá para avaliação ao Comitê de Sustentabilidade” – pontua Bastianello.

Importância do processo

Rastreabilidade no processo – Para cafés certificados, adequações são realizadas tanto na cooperativa quanto na propriedade do cooperado para se chegar à rastreabilidade do café. “A Cooperativa está preparando os processos, tanto em sistema tecnológico, quanto documentação e ajustes em armazéns para a rastreabilidade dos lotes e identificação (cafés RFA ou 4C) na operação de venda e documentos fiscais” – Avaliou Renata.

Valorização

É crescente a demanda por produtos certificados. Os consumidores estão cada vez mais preocupados com a segurança alimentar e aumenta a exigência dos clientes em rastreabilidade do produto. Nesse sentido, a participação dos produtores em programas de certificação atesta a segurança do seu produto.

“O maior ganho para o produtor é o aumento da qualidade de vida, pois passa a cuidar melhor das questões ambientais, maior conscientização das questões sociais, além de melhor gestão da propriedade, possibilitando uma maior rentabilidade nos seu negócio. O retorno financeiro é uma consequência, já que o mercado valoriza o produto que é cultivado obedecendo às regras de segurança alimentar e sustentabilidade”, disse o gerente corporativo de comercialização da Cooabriel, Edimilson Calegari.

Cooabriel
Foto: Divulgação
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