Ibama completa 35 anos neste 22 de fevereiro

Momentos marcantes e desafios futuros retratam a luta do Instituto
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Bannner comemorativo dos 35 anos do Ibama

Brasília (22/02/2024) – Em meio à história de luta pelo meio ambiente, construída pelos servidores com apoio de seus colaboradores, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) completa 35 anos de atividade neste 22 de fevereiro.

Ao longo dessas mais de três décadas, a autarquia, fundada em 1989 após a fusão de quatro extintos órgãos, ocupou lugar estratégico no controle e monitoramento ambientais, no licenciamento ambiental federal e na proteção da biodiversidade. Importantes acontecimentos marcaram a história do Ibama. Selecionamos alguns momentos marcantes dos últimos anos para relembrarmos a história de luta do Instituto:

2015 – Em operação realizada na Terra Indígena Arariboia (MA), os agentes do Ibama foram recebidos a tiros por criminosos que realizaram extração ilegal de madeira. O agente ambiental federal Roberto Cabral foi atingido no braço com tiro de espingarda. Após atendimento médico, ele foi liberado.

2017 – As unidades do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nos municípios de Humaitá (AM) foram destruídas após ataque criminoso, em represália à operação de fiscalização realizada para combater o garimpo ilegal de ouro no rio Madeira. Além do ataque sofrido, servidores das unidades tiveram que ser removidos às pressas para outras unidades após ameaças dos criminosos.

 

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Lazlo e a Pres. Ibama Suely Araujo

2018 – Na comemoração dos 29 anos do Ibama, a presidente do Ibama, Suely Araújo, entregou a Medalha do Mérito Ambiental a 45 servidores em todo o país e a 24 personalidades que se destacaram pela atuação em defesa do meio ambiente. Dentre esses, recebeu a homenagem o agente ambiental federal Lazlo Macedo de Carvalho, único sobrevivente de desastre aéreo no estado de Roraima, em julho de 2017, que resultou na morte dos agentes ambientais federais Olavo Perim Galvão, Alexandre Rochinski e Sebastião Lima Ferreira Júnior e do piloto Marcos Costa Jardim.

Outro fato importante nesse ano foi a implantação do uso obrigatório do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor), que é utilizado nacionalmente para o controle da origem, transporte, uso, conversões entre produtos e armazenamento de toda a madeira bruta e serrada em circulação no país (atualmente em versão atualizada e melhorada, o Sinaflor+). O Sinaflor foi desenvolvido durante seis anos e trouxe como principal avanço a disponibilização de todas as informações enviadas ao sistema pelos requerentes de forma integrada por meio de banco de dados mantido e centralizado pelo Instituto.

2020 – O maior Programa de Monitoramento de Praias (PMP-BS) do mundo foi estabelecido pelo licenciamento do Ibama nesse ano, como condicionante para atividades de produção e exploração de petróleo e gás executados pela Petrobras na Bacia de Santos. O PMP abrange, ainda, o litoral entre Laguna (SC) e Saquarema (RJ), e auxilia na avaliação da interferência das atividades do setor sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos por meio do monitoramento sistemático do litoral.

 

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Brigada voluntária

2021 – O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) formou a primeira brigada voluntária formada exclusivamente por mulheres indígenas. O curso formou 29 mulheres da etnia Xerente, em Tocantínia (TO).

Neste mesmo ano, o Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve) do Ibama, por meio de um conjunto de normas técnicas, alcançou a marca de até 98% de redução na emissão de poluentes por veículos automotores. A emissão do monóxido de carbono (CO) de um veículo leve, por exemplo, que era de 54g/km no início do programa, reduziu, em 2021, para cerca de 0,4 g/km.

2023 – Servidores do Ibama foram a San Diego, nos EUA, representar o Instituto no recebimento do Prêmio Internacional de Excelência no uso de Sistemas de Informações Geográficas (GIS) 2023 – o SAG Awards – pelo desenvolvimento da Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (Pamgia).

2024 – O Ibama definiu, pela primeira vez, que a Educação Ambiental (EA) será prioridade no planejamento de suas ações. O objetivo é garantir relevância para esse tema por meio de maior autonomia de atuação, uma estrutura física melhor e um orçamento mais robusto, tornando-o transversal, com envolvimento de todas as diretorias da autarquia.

Desafios do Instituto

Para Eduardo Martins, presidente do Ibama entre 1996 e abril de 1999, a autarquia é um instrumento da sociedade brasileira para cuidar e valorizar o bem comum. “O maior desafio do Ibama é conseguir equilibrar a atuação firme do controle com a construção de convergências que permitam superar as lógicas onde o crime compensa”, afirmou. Ele argumenta que as ferramentas de comando e controle avançadas podem dar um grande salto na eficiência da atuação do Instituto. “Mas isso requer pessoal treinado, com infraestrutura e equipamentos adequados”, enfatizou. Sobre o seu período como presidente do Instituto, ele destacou seu maior aprendizado: “superar o pré-julgamento e aprender a ouvir o outro. Também descobri que o tempo é precioso, que cada oportunidade de contribuir para melhorar uma instituição deve ser utilizada com o melhor que podemos entregar”.

Para o atual presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, os servidores do Instituto representam grande parte da luta ambiental no Brasil e nos avanços da proteção à biodiversidade. “Estamos trabalhando na reestruturação e fortalecimento da instituição em seu planejamento estratégico de médio e longo prazo”, afirma. Ele enfatizou, ainda, a importância da valorização de servidores e terceirizados.

Programação dos 35 anos Ibama

Para comemorar seu aniversário, o Instituto preparou programação que inclui atividades abertas ao público. Serão realizadas sessões de bate-papo com os escritores Daniel Munduruku e Micheliny Verunschk. Autora, dentre outros, do livro “O som do rugido da onça”, Verunschk estará presente para abordar sua obra na sexta-feira (23), às 15h, no auditório I da sede. No domingo (25), também no auditório I, às 10h, será a vez de Munduruku, que comentará sobre obras de sua autoria, como “Vozes ancestrais: dez contos indígenas”.

As inscrições para participar das sessões presencialmente podem ser realizadas por meio de QR Code, conforme divulgação nos cards abaixo.

Também é possível acompanhar ao vivo pelo canal do Ibama no YouTube.

 

Assessoria de Comunicação do Ibama

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