Entre os dias 21 de agosto e 15 de setembro, o Espírito Santo participou da Operação Shamar, que tem o objetivo de combater a violência doméstica e familiar contra a mulher. Durante os 22 dias de operação, mais de 24 mil pessoas foram alcançadas pelas palestras e orientações realizadas pelas equipes das Polícias Civil (PCES) e Militar (PMES) do Espírito Santo.
Ainda no âmbito da operação, 330 homens autores de violência contra a mulher foram presos, sendo 55 em cumprimento de mandados de prisão preventiva e 275 foram prisões em flagrante. Foram cumpridos 52 mandados de busca e apreensão e 18 armas de fogo apreendidas. Os dados foram apresentados na sexta-feira (15), durante entrevista coletiva.
Em âmbito nacional, a Operação Shamar foi comandada pelo Ministério da Justiça. No Espírito Santo, a Gerência de Operações Integradas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) coordenou as ações, integrando as equipes da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-Deam), da Polícia Civil do Espírito Santo, e da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Militar do Espírito Santo.
“No Espírito Santo, alcançamos todos os 78 municípios com ações de prevenção, por meio do trabalho educativo, mas também com a repressão de crimes contra a mulher. Os resultados alcançados em nosso Estado só foram possíveis graças à integração entre as Polícias Civil e Militar do Espírito Santo, que, atualmente, servem de modelo para o Brasil. As Polícias Civil e Militar, trabalhando juntas, têm alcançado resultados muito exitosos e nós estamos convidando também os municípios a fazerem parte desse trabalho, unindo forças com nossas polícias”, informou o gerente de Operações Integradas da Sesp, coronel Sebastião Biato.
As ações de repressão incluíram apuração de denúncias anônimas, promoção de mutirões para realização de oitivas, intimações, instauração e conclusão de inquéritos policiais, cumprimento de mandados de busca e de prisão e autuações em flagrante. Além disso, foram realizadas ações itinerantes com a Delegacia Móvel da Polícia Civil e a intensificação da fiscalização de medidas protetivas de urgência pelas equipes da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.
As ações itinerantes também tiveram cunho orientativo, com abordagens, conversas, palestras e distribuição de material informativo em ruas, comércios, escolas, órgãos públicos e empresas. Ao todo, 24.123 pessoas receberam informações sobre o enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.
“A Patrulha Maria da Penha, com a Polícia Civil na Operação Shamar, atuou em todos os 78 municípios do Espírito Santo. Durante a operação, as ações da Patrulha Maria da Penha foram reforçadas para chamar atenção dessas mulheres sobre os direitos e garantias fundamentais que elas têm. O objetivo foi orientar o maior número de mulheres sobre a rede de apoio e os recursos que estão disponíveis para que elas tenham seus direitos garantidos” explicou a capitão Pandolfi, da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Militar.
A titular da DIV-Deam, delegada Cláudia Dematté, destacou que o enfrentamento à violência contra a mulher não deve ser a preocupação apenas das mulheres, mas da sociedade como um todo. “Foi uma operação muito exitosa. O nosso objetivo principal é salvaguardar as mulheres do Estado. Por isso, deixamos um recado muito importante a todas as mulheres: que não se calem, jamais; que denunciem desde a primeira violência sofrida, para que possamos agir e evitar que crimes mais graves ocorram”, orientou.
Operação Shamar: em hebraico, “shamar” significa cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar.
Texto: Camila Ferreira
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