Após conquista do bronze na Paralimpíada, nadadora Patrícia Pereira faz balanço de 2021


Um ano de conquistas. Essa pode ser uma das definições para a temporada da nadadora paralímpica Patrícia Pereira, contemplada com o Bolsa Atleta, da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport). Na Paralimpíada de Tóquio, em 2021, ela conquistou medalha de bronze e, após retornar ao Brasil, seguiu acumulando títulos e quebrando recordes.

A conquista do bronze veio na prova do revezamento 4x50m livre (20 pontos), ao lado de Daniel Dias, Joana Peixinha e Talisson Glock. Em 2016, no Rio de Janeiro, a nadadora faturou a prata na mesma prova.

A caminhada da atleta até o pódio não foi fácil. Em 2019, a nadadora foi suspensa das quadras por um ano devido à testagem positiva para o doping, que foi identificado como involuntário e não intencional. Retornando a nadar em agosto de 2020, as dificuldades se voltaram em torno da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), com as restrições e o cancelamento de provas, além do adiamento da Olimpíada e da Paralimpíada de Tóquio 2020 para o ano seguinte. Em meio a essas adversidades, Patrícia Pereira conseguiu se manter ativa e disputar a seletiva, que deu a ela a vaga para a Paralimpíada.

“Foi uma corrida contra o tempo em busca da vaga para Tóquio. O meu treinador (Luiz Cândido) fez um trabalho crucial. A seletiva foi extremamente disputada e consegui a classificação, graças a ele e à equipe. O maior desafio foi e ainda é a pandemia. Diversos lugares que treinamos foram fechados. Então, se reinventar e contar com pessoas que nos apoiaram foi fundamental. Foi sensacional conquistar mais uma medalha e representar o nosso Estado e o País”, disse Patrícia Pereira.

Após retornar de Tóquio, em setembro, a nadadora participou do Meeting Loterias Caixa, em que conquistou o ouro nos 200m livre. Também disputou no Campeonato Paulista de Paranatação de Verão, com as conquistas do ouro e recorde brasileiro nos 200m Livre S4 (03:25’94); ouro e recorde brasileiro nos 200m Livre S4 (03:25’94); ouro e recorde paulista nos 50m Peito SB3 (01:02’87); ouro e recorde Paulista nos 100m Livre S4 (01:33’27), e ouro nos 50m Costas (01:13’64), além do troféu de melhor atleta feminina classe baixa (106 pontos) e campeã geral da competição, com o time Naurú, de Indaiatuba, São Paulo, onde Patrícia Pereira vem treinando.

“Foi um ano épico. Quem teve oportunidade de fazer parte desse caminho percorrido por mim também tem o mesmo sentimento de gratidão. Só tenho a agradecer pelo ano e pelas conquistas. Como esportista estou super feliz e grata pelas pessoas que estiveram ao meu redor. Todos foram fundamentais para me manter na minha essência. Tudo isso também, claro, só foi possível pelo apoio que recebo da Sesport, com o Bolsa Atleta”, destacou Patrícia Pereira.

Foco em 2022

Com o calendário de competições para 2022, a atleta retornou aos treinamentos nesta segunda-feira (03), no CT Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, com foco nas competições internacionais. “Estamos em preparação para a retomada das competições no próximo ano. A previsão é de irmos à Itália para competir já em fevereiro. Vamos manter o foco no trabalho e buscar resultados melhores que em 2021”, acrescentou a nadadora.

Bolsa Atleta

O edital 2021 do programa Bolsa Atleta está beneficiando 151 atletas e paratletas de alto rendimento, 30 a mais que em 2019, alcançando um recorde no número de bolsas concedidas. O auxílio financeiro mensal varia de acordo com a categoria do atleta dentro do edital, sendo R$ 500 (estudantil), R$ 1.500 (nacional), R$ 2 mil (internacional) e R$ 4 mil (olímpico). O investimento total da Sesport no programa é de R$ 2,3 milhões.

O valor recebido pelo atleta pode ser utilizado para cobrir gastos com alimentação, assistência médica, odontológica, psicológica, nutricional e fisioterápica, medicamentos, suplementos alimentares, transporte urbano ou para participar de treinamentos e competições, além da aquisição de material esportivo.

Sesport

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