No início do século 20, em uma Alemanha ainda marcada por restrições para as mulheres, Melitta Bentz, uma dona de casa, protagonizou uma revolução doméstica que mudaria para sempre o modo de preparar café. Cansada dos resíduos amargos que o coador de pano deixava na bebida, Melitta decidiu experimentar algo novo: perfurou o fundo de uma lata e usou um papel mata-borrão como filtro. A invenção foi um sucesso, oferecendo um café mais limpo e saboroso.
O que começou como uma solução doméstica rapidamente se transformou em um negócio promissor. Em 1908, Melitta patenteou seu filtro de café de papel e fundou uma empresa em seu próprio nome, tornando-se pioneira em um mercado inexplorado. Mais do que inovar, Melitta desafiou convenções ao liderar o empreendimento e até se tornar chefe de seu próprio marido — tudo isso em uma época em que as mulheres não tinham sequer o direito de votar.
Hoje, a marca Melitta é reconhecida globalmente, símbolo de uma inovação simples, mas revolucionária, que nasceu da necessidade e da determinação de uma mulher à frente de seu tempo.