Majeski aborda problemas vividos por professores

Para ele, mudanças na carga horária e na rotina escolar sobrecarregam profissionais e prejudicam produtividade

Majeski criticou o que considera como excesso de burocracia


As dificuldades enfrentadas por professores da educação pública capixaba foram alvo de discurso do deputado Sergio Majeski (PSDB) durante a sessão ordinária desta quarta-feira (22).

Segundo o parlamentar, que é professor de Geografia, as mudanças na carga horária trazidas pelo ensino integral e a forma de fazer o registro da rotina escolar sobrecarregam os profissionais e prejudicam a produtividade nas escolas.
Majeski explicou que essas questões foram apresentadas em reunião com o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, e representantes das superintendências regionais de educação.
Para ele, houve aumento substancial das atividades para os docentes, que estão cada vez mais sobrecarregados e sem tempo para administrar todas as demandas.

“Com essa carga estendida chamada de ensino integral foram criadas outras disciplinas na escola. É uma infinidade de coisas que precisam ser planejadas. O professor tem uma carga horária de 40 horas, tem que dar 32 de aula, mas tem 8 de planejamento. Como é possível? Não há tempo hábil. Os professores precisam de cada vez mais tempo”, afirmou o parlamentar.
Para ele, é excessiva a burocracia estabelecida pela Sedu e cobrada pelas superintendências de educação. “Por exemplo, em Guaçuí e Cariacica, eles são obrigados a utilizar dois sistemas diferentes para inserirem as mesmas informações. Os sistemas não são unificados”, disse o parlamentar. Conforme pontuou, a forma adotada pela pasta nessas duas superintendências atrasa o trabalho e não é eficiente.
“Quem lê essas planilhas? Depois de ler, o que é feito? Tem que fazer isso aluno por aluno. Vamos nos ater naquilo que dá resultado, a criar coisas, a amparar as escolas, que enfrentam uma quantidade imensa de problemas. Tá um peso imenso dentro das escolas, e as superintendências e a Sedu criam burocracia inútil que sabidamente não dá resultado nenhum no sentido de melhorar o desempenho”, afirmou Majeski.

Por Silvia Magna, com edição de Angèle Murad/Ales
Foto: Lucas S. Costa/Ales
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